Constelação e vida diária

O que é Rapport? Saiba tudo sobre este Conceito

rapport

Você sabe o que significa Rapport? Rapport é uma palavra de origem francesa que, literalmente, quer dizer relação. Pode ser traduzida como sintonia, harmonia, empatia ou confiança.  Porém, ela é muito confundida por muitos com simpatia. 

Contudo, o Rapport não tem a ver simplesmente com simpatia, pois existem muitas técnicas para se estabelecer um bom rapport. Portanto, se quiser saber mais, continue a leitura e descubra tudo sobre rapport!

Entenda

Alguns se referem a esse termo como empatia, afinidade, conexão. As expressões utilizadas para tentar traduzi-lo são as mais diversas possíveis. No entanto, um ponto é inquestionável: rapport é um pré-requisito para uma comunicação bem-sucedida. Independente de onde essa comunicação ocorre.

Pode ser no setting terapêutico, em um aconselhamento, em uma venda, em questões pessoais ou na vida profissional. Ele funciona em qualquer lugar e com qualquer pessoa.

A técnica do Rapport

A técnica do rapport é bem vinda em qualquer relacionamento, pois permite criar uma ligação de empatia com outra pessoa. Assim, o objetivo é gerar confiança no processo de comunicação, para que a pessoa fique mais aberta e receptiva. Fazendo isso, ela vai interagir mais, trocar e receber informações com menos resistência.

Quando falamos de um setting terapêutico, precisamos compreender as demandas do outro. A partir desse sentimento, estabeleceremos uma relação profissional que facilite os passos de toda dinâmica psicoterápica, estabelecendo um relacionamento honesto, franco e aberto.

Nesse relacionamento, aquilo que o cliente diz a respeito de suas necessidades e expectativas sobre o tratamento e o profissional de Psicologia irá demonstrar de que forma pode ajudá-lo, por meio dos critérios técnicos e científicos próprios da psicologia.  

O uso da técnica na terapia

Quando falamos do Rapport como técnica dentro da Psicologia podemos nos referenciar em Milton H. Erickson, médico, psicoterapeuta e hipnólogo norte americano.

Segundo Erickson, é possível melhorar a relação médico-paciente estabelecendo-se a empatia logo nos 4, 5 minutos iniciais da consulta ou sessão.

Além disso, Freud também considerava que o inconsciente humano tinha outras formas de reagir a informações que chegam até a sua mente consciente com outros estímulos não verbais.

O Rapport aplicado na técnica de espelhamento

Dentre as práticas Ericksonianas de estabelecimento imediato de Rapport, está o espelhamento da fisiologia da outra pessoa.  Esta técnica possibilita a comunicação de mente consciente para mente inconsciente, evoluindo para uma interação de inconsciente para inconsciente.

A técnica do espelhamento pode ser feita de duas ormas:

  • Direta – no espelhamento direto, imitamos a postura que o nosso interlocutor está usando, como se fôssemos espelho.
  • Cruzada – no espelhamento cruzado, adotamos a mesma posição do nosso cliente, porém espelhando de forma oposta.  

Estabelecer Rapport é, portanto, espelhar, e espelhar é adotar, de forma natural, os elementos da fisiologia e comportamento do outro. É importante termos em mente que ainda que o espelhamento deve ser feito sempre de forma discreta e elegante e sem exageros. Deve ocorrer um movimento sincrônico com mínima amplitude.

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    Também é importante saber que não se deve espelhar as limitações que a pessoa possa ter, tais como gagueira, asma, “tiques” e posições causadas por defeitos físicos, pois podem causar desconforto e não atingir os objetivos da técnica.

    Outras técnicas para estabelecer o Rapport

    Além do espelhamento, existem outras formas eficazes para estabelecimento de rapport, tais como: o sorriso, o tratar o outro pelo seu nome, buscar conexões em comum. Há também o espelhamento da respiração da outra pessoa.

    O rapport pode ser estabelecido antes mesmo do primeiro contato pessoal. Isso ocorre,por exemplo, quando a pessoa nos telefona. Nesse caso, podemos fazer o espelhamento prestando atenção na altura (volume) da voz (alto, médio, baixo).

    Além disso, deve se ater também se a fala do interlocutor é lenta, normal ou rápida. Se a fala é contínua ou é entrecortada com pausas e também a musicalidade da voz.

    Cuidados no uso da técnica e a quebra do Rapport

    Após exercermos amplamente essa técnica, devemos ter atenção para que o uso intenso desse instrumento não leve a relação estabelecida para o nível da sedução. Isso porque terapeutas e pacientes não devem ter uma relação íntima, nem fora do ambiente da análise.

    Os profissionais devem estar atentos para a quebra de rapport sempre que esta se tornar necessária. Desse modo, evitam-se os problemas do excesso de rapport (sedução) e a consequente interrupção do processo terapêutico.

    Então, para que ocorra a quebra de rapport, basta diferir da fisiologia ou comportamento do outro. Com essas ações, o rapport estará sendo reduzido ou quebrado.

    Saiba mais

    Também estudada na Programação Neurolinguística (PNL), a técnica é implantada frequentemente por profissionais de vendas, principalmente quando se trata de negociar e abrir portas para uma relação comercial efetiva e estável.

    Desse modo, cria-se uma receptividade ao que a outra pessoa está falando. Aquela sensação confortável de “essa pessoa me entende, posso ficar mais tranquilo” com  uma demonstração genuína de interesse pela opinião e pensamentos do outro.

    Segundo Anthony Robbins, estrategista, escritor e palestrante motivacional, o “rapport é a capacidade de entrar no mundo de alguém, fazê-lo sentir que você o entende e que vocês têm um forte laço em comum. É a capacidade de ir totalmente do seu mapa do mundo para o mapa do mundo dele”.

    Outro modo de utilizar o rapport é assemelhando o conteúdo da conversa com o interlocutor, deixando que as ideias dele prevaleçam.

    O uso dessa técnica na Constelação Familiar

    Como percebemos, o estabelecimento de um bom rapport é condição essencial para que o trabalho de um Constelador possa obter resultados positivos.

    Desde o contato inicial até o momento de buscar compreender o que ocorre em seu universo mental e as formas de ressignificar essas vivências. A própria plateia acaba entrando num processo de rapport quando se dispõe a interagir com a história do outro de forma viva e real e, então, buscar compreender e desemaranhar os laços da vida de cada um, tanto do constelado quanto da plateia.

    Ademais, nesse setting da constelação, no campo que se forma, a frase “todos somos um” nos mostra como estamos, de alguma forma, todos ligados.  Esse fato abre possibilidades também para o estabelecimento de um rapport.

    Conclusão

    Você já conhecia esse termo? Então comente aqui embaixo como o uso do Rapport acontece em sua vida profissional. Além disso, você pode acessar o nosso blog e ler diversos outros artigos sobre o trabalho da Constelação Familiar. Continue nos acompanhando e confira nosso curso, 100% on-line, de Constelação Clínica! Com ele, você estará apto a clinicar e a utilizar a técnica de Rapport em suas sessões de Constelação!

    Este texto foi escrito pela aluna Fabiana Antunes Fernandes, especialmente para o blog Constelação Clínica.

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